O telefone tocou e a voz alterada pela telefonia não impediu que fosse reconhecida. Parabenizações sem motivo ou mérito. A resposta foi educada e vazia. Não havia qualquer sentimento ou alegria referentes ao pagamento pelo trabalho bem executado. Qualquer ponta de alegria parecia inapropriada. A nova condição foi adquirida sem esforço ou luta e ele foi ensinado que a felicidade só poderia existir depois da dor.
Frases mecânicas, piadas forçadas e dois desligaram o telefone.
Ele sentiu alívio porque tudo tinha acabado.
"O inferno são os outros." - ele pensou... Mas no fundo ele não sabia qual era o motivo de sua insatizfação.
Um comentário:
Assopra a velinha, meu caro. E aí, tudo passa.
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